Introdução
A humanidade ocidental e,
notadamente, a pan-americana, dos séculos XX e XXI, já demonstra em uma
possível maioria horror às guerras, possui altíssima vocação filantrópica,
inclusive, com para com os animais silvestres e domésticos, o que demonstra um
salto humano de qualidade se comparada com outras civilizações anteriores e
atuais, como demonstraremos adiante.
Certamente, entre estas pessoas
citadas, as nascidas entre 1914-18, algumas ainda vivas entre nós, iremos
encontrar aqueles mais antigos paridos no terror e motivada e radicalmente
contra a guerra, pois nasceram durante a Primeira Grande Guerra e eram adultas
durante a Segunda Grande Guerra.
Entre as pessoas nascidas de
1939-44 iremos encontrar a segunda grande leva de paridos no terror da guerra.
Entre muitas dessas pessoas ainda cheias de vigor e saúde, entre nós, devem
estar as indeclinavelmente adversárias das barbaridades cometidas pelos países
oponentes durante aquele período em que se travou a Segunda Grande Guerra.
Houve outras guerras entre 1945
e 2014, mas nenhuma marcou tanto, por sua peculiaridade, como aquela (Guerra do
Golfo) que o presidente Bush (EUA) resolveu mover contra o Iraque, de Saddam
Hussein. Lembro-me bem, era o ano de 1991, a Internet já era uma alvissareira realidade
entre as pessoas dos países ocidentais e as redes sociais foram mobilizadas por
um site de abaixo-assinado eletrônico chamando uma enquete para saber quem era
a favor e contra aquela guerra. Deu 83% contra a guerra. Mesmo assim, Bush
invadiu o Kuwait e foi pra cima do Iraque até tirar do poder o ditador
iraquiano, que alguns meses depois foi encontrado escondido dentro de uma toca,
mais parecendo um bicho encurralado.
Bem, leitor, estas
considerações introdutórias se devem ao encaminhamento de um novo tema nestas
séries que este blog vem enfocando, esta, então, dedicada aos “Paridos no
terror e renascidos no amor”. Irei buscar basicamente o último milênio da
história humana para estabelecer um paralelo entre a consciência daqueles 83%
que votaram contra a Guerra do Golfo, com a consciência, por exemplo, da
humanidade que habita o Oriente Médio – os judeus e muçulmanos – para,
finalmente, falar de espiritualidade, que é a vocação do blog.
Precisarei historiar,
pesquisar, relatar, considerar, comparar. Espero que a narrativa não se torne
enfadonha, nem monótona, pois sei, existirem pessoas avessas à história. Mas, o
analista não tem como sustentar certas posições, críticas ou defesas de teses
sem mostrar que aquilo realmente aconteceu e sem entrar na narrativa dos
episódios que respondam quando, onde, como e por que foi o que foi. Quero fazer
isso de modo leve e solto, o mais jornalisticamente possível para que você não
se canse. Pelo contrário, para que você compreenda quem foram e quem são os
paridos no terror e quem são ou foram os renascidos no amor em meio a esta
quadra da história humana. A resposta está clara: os paridos e renascidos
naquelas e nestas condições somos nós, habitantes desta parte do planeta nestes
tempos todos. E hoje formamos a mais alvissareira civilização de que se tem
notícia.
Pense que nós, descendentes de
europeus, asiáticos e africanos (ficam de fora os descendentes de índios
americanos), somos almas que estiveram reencarnando por lá e certamente
participamos de tudo o que será narrado, como vítimas ou como algozes, mas
sempre paridos e renascidos no terror até recentemente. Foram mais de mil
guerras em mil anos ou, por outro lado, mil anos de guerras.
Como explicar de outro modo a
realidade que assusta e apavora as populações das metrópoles, onde a violência
responde pela orquestração de um festival de tiros mortíferos, ora entre
gangues, ora entre polícia e bandidos, ora contra trabalhadores indefesos, se
não pela índole daqueles que repetidamente reencarnaram e reencarnam fazendo o
que sempre fizeram neste último milênio: guerras – o que significa agredir,
invadir, assaltar, expropriar, tomar posse ilegítima, sequestrar, aprisionar,
matar, torturar.
Você nos acompanha nesta
palpitante viagem? Seja bem-vindo(a).
Uau!
ResponderExcluirParabéns Homero. Acompanharei, com gosto, os seus posts sob tão interessante perspectiva acerca do nosso hoje.
Um forte e iluminado abraço,
Karla Menezes