Primeira
conversa introdutória
Existe
cura espiritual? E pela fé, também? Não me venha com conversa fiada. Eu
acredito somente naquilo que posso comprovar de algum modo. Essas são
expressões corriqueiras de, pelo menos, metade da gente que habita sobre a
geografia do Brasil.
Pois
a cura espiritual e a cura pela fé (seriam distintas?) já podem ser comprovadas
sobejamente. Não se trata de “ouvi dizer”, de “me contaram” ou algo como
“parece que foi”. Houve um tempo em que, sim, uma cura espiritual percorria o
conhecimento popular de boca em boca e, como não havia um raio-X, uma
tomografia ou uma ressonância magnética para documentar, ficava no “disse me
disse” anterior e posterior ao diagnóstico e capaz de comprovar ou
desmistificar. Hoje há.
Antigamente,
entre os homens brancos, as curas espirituais ou pela fé se davam no âmbito dos
benzedores, curandeiros ou coisa que o valha e, não raro, mereciam o deboche
das pessoas ditas melhor esclarecidas e mais ainda do clero. Mas, o clero tinha
contra si os milagres que acabavam (e ainda acabam) por dar causa às
canonizações. Mas, até com certa hipocrisia, o clero aceitava os milagres
ocorridos com padres, freiras e beatos de ambos os sexos, e negava os mesmos
milagres ocorridos com pessoas do povo, geralmente benzedeiras, curandeiros,
algo assim como os pajés e xamãs.
A
questão da saúde, o ato de estar bem, é uma das questões mais antigas na existência
da humanidade. Muito antes das primeiras aldeias onde apareceram os primeiros
pajés a serviço da comuna, o homem precisou curar ferimentos causados por
quedas, brigas, ataque de animais, mordidas de cobras, indigestão ou qualquer
outro sintoma. E como se fazia isso?
Esta
série vai procurar fazer uma média entre o que existe exclusivamente no ato de
acreditar, a fé, a superstição, a sugestão e aquilo que falam os pesquisadores
com base na ciência.
Até
que começassem a ser reconhecidos como autoridades em tudo que dissesse
respeito à cura, vital para a sobrevivência humana na condição de seres em
trânsito pela matéria, os anciãos (que eram os curadores) nativos passaram por
muitas experiências, tais como observar o que faziam os animais, quais as
plantas ou frutos tóxicos e, ao mesmo tempo, aprofundarem as relações humanas
com o mundo espiritual. Iam além, procuravam interagir energeticamente com as
plantas em busca de conhecer seus princípios ativos. O homem branco aprendeu
tudo que sabe sobre as plantas e suas aplicações com os pajés. Só depois da
química fina é que as essências puderam ser separadas em laboratório.
As
informações puramente espirituais de cura que serão aqui aproveitadas fomos
buscar em muitas fontes mas, principalmente, na mente de dois queridos
espíritos que trabalham em prol da saúde da humanidade: (1) Irmão José,
espírito que se comunica através do médium Carlos A. Baccelli, em Minas Gerais,
cujo trabalho tem um extraordinário destaque naquela região; (2) Irmão Savas,
espírito que se comunica através do médium José Álvaro Farias, em Santa
Catarina, onde realiza cirurgias espirituais e escreve importantes páginas de
orientação espiritual. E quando se tratar de informação científica daremos os
créditos pertinentes no corpo mesmo do texto.
“Curar-se
pela fé”: o que significa essa expressão? Jesus proferiu este ensinamento: “A
tua fé te curou”, que nos primeiros séculos da Era Cristã se tornou pedra de
toque da cultura religiosa, mas, depois, por conta da condução dos dogmas
católicos, por muito tempo, foi desconsiderada pela classe médica, até que a
Ciência, menos materialista, passou a reconhecer que havia alguma coisa no ser
humano que influenciava decisivamente tanto na causação de doenças quanto na
sua cura.
Que
elemento seria esse, que os bisturis não alcançam e que os equipamentos
tradicionais da Arte Médica não conseguem localizar, mas que verificamos que é
o motor que dá vida à “máquina” orgânica?
Não
há como negar a existência de fatos. Quanto à causa primária da doença e da
cura cada um pode optar pela definição que mais lhe convier. É assim que se
dividem os especialistas da Medicina, desde os crentes mais convictos até os
negadores mais radicais.
O
que não dá para adiar é a abordagem séria deste tema sob a desfaçatez dos
preconceitos. Quero entrar neste tema com a alma aberta e com a mente acesa.
Você
tem o mesmo propósito? Então vamos estudar isso conjuntamente. Vem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário