Essa é para olhar o céu
Acampado numa
pequena ilha, dentro da grande ilha do Bananal, em frente a uma aldeia
indígena, em noite muito escura, o grupo de pesquisadores deitado de costas,
olhava para o céu, enquanto o xamã anfitrião acompanhava tudo, sentado numa
árvore caída. O rio cheio de jacarés, piranhas e botos (é lá que os botos geram
seus filhos; eles ficam quietos o dia todo e à noite cantam ou gritam sem
parar) Tudo muito lindo não fosse a presença dos mosquitos que invariavelmente
chegam ao fim da tarde em bandos, picando a todos, e só se vão depois das 21
horas. Num dado momento um dos presentes (uma mulher) não se conteve e
perguntou ao cacique:
— “Todos os dias
vocês ficam vendo as estrelas aqui?”
Respondeu:
— “Sim é muito bom isso.”
— “Sim é muito bom isso.”
Continuou
confiante:
— “Dá para ver tudo
o que se passa no céu, até os aviões, não é?”
Indiferente ele
respondeu:
“É”.Continuou:
— “O senhor já viu alguma coisa brilhante de várias cores piscando lá em cima?”
Sem se alterar ele disse:
“Já”.
Incrédula e rápida:
— “Disco voador?”
Ele: — ”É”.
Eu: — “O senhor já viu disco voador?”
Ele: — “Já, (apontando para a curva do rio) eles gostam de aparecer lá, de madrugada.
Não precisa nem dizer que esta mulher passou a noite na curva do rio. O pajé lhe fez companhia e contou que os OVNIs eventualmente descem nas aldeias trazendo sementes para eles jogarem na selva, que são muito parecidos com os humanos e falam a língua deles.
Notamos que os nativos não os confundem com deuses vindos do espaço, na realidade, os vêem como amigos que nunca fazem mal a eles (diferindo dos nativos brancos do planeta).
Perguntamos sobre a razão das sementes, ele disse achar que elas são para cura de doenças. A mulher insistiu para que ele mostrasse uma, alegando que sofria de artrite e desejava ser curada. No dia seguinte ele foi até perto de uma árvore, cavou um buraco pegando uma raiz e a ensinou a fazer um chá.
Algum tempo depois dos sintomas terem desaparecido, a mulher foi fazer exame médico de rotina e por curiosidade pediu para verificar como estava a bendita artrite. O exame demonstrou que ela nada tinha, estava curada.
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