História
e evolução
Notícias
históricas: Franz Anton Mesmer (1734-1815) um médico que havia aprendido
realizar curas com um padre, desenvolveu uma das primeiras técnicas de
humanização em saúde. Mesmer elaborou o Magnetismo Animal, uma forma de psicoterapia
que aplicava passes com objetivo de conduzir as pessoas a um estado de transe
onde ocorreria catarse. Mesmer foi acusado de charlatanismo, pois o Magnetismo
Animal não possuía validação científica e usava teorias astrológicas para
explicar as curas obtidas. Sua terapia passou a ganhar novos adeptos em vários
países da Europa, tendo uma forte influência na "descoberta" da
hipnose (LOPES, 2005). Até hoje se utilizam os termos mesmerizar e mesmerismo
como sinônimos de hipnotizar e hipnotismo, dando-lhe, assim, o merecido
reconhecimento na literatura até os dias atuais.
James
Braid (1795-1860), iniciou a hipnose científica. Cunhou, em 1842, o termo
hipnotismo (do grego hipnos = sono), para significar o procedimento de indução
ao estado hipnótico. Hipnose, hipnotismo, ficou logo claro, eram termos
inadequados (não se dorme durante o processo). O uso, porém, já os havia
consagrado e não mais se conseguiu modificá-los, remanescendo até a atualidade.
James
Esdaile (1808-1868), utilizou, como cirurgião, a anestesia hipnótica
(hipnoanalgesia) para realizar aproximadamente três mil cirurgias sem a
necessidade de anestésicos químicos. Nestas estão incluídas até mesmo extração
de apêndice entre outros procedimentos de grande vulto. Todas as cirurgias
estão devidamente catalogadas. Talvez o método de Esdaile não tenha tido maior
projeção científica porque, à mesma época, foram descobertos os anestésicos
químicos (éter, clorofórmio e óxido nitroso) que passaram a fazer parte dos
procedimentos médicos da nobreza europeia a par de trazer lucro para a
indústria química. Curioso é saber que os anestésicos químicos mataram muito
mais pessoas que se imagina, dada à ignorância das reações ao procedimento. Tal
nunca ocorreu com a hipnose, que também é usada na odontologia com a mesma
eficácia.
Ivan
Pavlov (1849-1936), famoso neurofisiologista russo, conhecido por suas
pesquisas sobre o comportamento, que foram o ponto de partida para o
Behaviorismo e o advento da Psicologia Científica do Comportamento, estudou os
efeitos da hipnose sobre o córtex cerebral e a indicação terapêutica deste tipo
de intervenção.
Jean
Charcot (1825-1893), (já abordado numa série aqui neste blog) conhecido médico
da escola de Salpetriére (França), professor de Freud, estudou os efeitos da
hipnose em pacientes histéricos. Charcot afirmava que apenas histéricos eram
hipnotizáveis, mas outros médicos contemporâneos constataram que a hipnose é
parte do funcionamento normal do cérebro de qualquer pessoa, o que não
desmerece sua eficácia. Muitos dos erros cometidos por Charcot (e repetidos por
Freud) levaram a crer na ineficácia da hipnose, o que foi rebatido anos depois.
Sigmund Freud (1856-1939), médico neurologista,
nascido na Morávia (atual República Tcheca), autor da maior literatura acerca
do inconsciente humano, fundador da psicanálise, aplicou a hipnose profunda no
começo de sua carreira e acabou por abandoná-la, pois, ele a utilizava para a
obtenção de memórias reprimidas (Freud não sabia que nem todas as pessoas são
suscetíveis à hipnose profunda facilmente). E também não ficou sabendo que por
ela, a hipnose, se chega a memórias de vidas passadas. Se tivesse sabido, hoje
não estaríamos tão distantes de Deus.
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